E pois que o mini-cruzeiro de 3 dias foi assim para cima de espectacular. Soube a pouco, meus senhores, soube a pouco. Pois que o barquito tinha só para aí 15 andares e no mínimo uns 10 elevadores. Coisa pouca, portanto. Deu para para fazer compras a bordo, assistir a um musical, ir à discoteca, comer (enfardar é mesmo o termo certo) como se não houvesse amanhã, visitar Kiel, beber cerveja alemã que é provavelmente e única cerveja em que consigo dar mais de dois goles seguidos, beber vinho português, encontrar pessoas portuguesas (estamos mesmo em todo o lado), assistir ao pôr-do-sol, relaxar, divertir, dormir... E que bem que se dorme a bordo.
Na primeira noite correu tudo dentro da normalidade, não se sente nada e por momentos até nos esquecemos que estamos dentro de um barco. Já na segunda noite o mar fez questão de nos lembrar onde estávamos. Uma pessoa andava por lá como se já carregasse dois litros de vinho no corpinho. No meu caso, o ideal mesmo foi deitar-me antes que fosse eu a virar o barco. Ainda dei por mim a pensar "mas onde raio é que eu me vim meter? Onde estava eu com a cabecinha quando pensei que era impossível ficar mareado num cruzeiro?" A verdade é que se fica. Mas depois uma pessoa deita-se e é uma maravilha. É como se estivessem a embalar um bebé.
Nada engraçada foi a sensação após chegar a terra. A nossa cabeça parece que ainda vem meio a balançar e temos uma sensação estranha de desequilibro nas primeiras horas.
Mas foi muito bom. Depois deste que venha um cruzeiro de oito dias.
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